domingo, 16 de outubro de 2011

Falemos às claras

não só às gemas.
e eu poderia fazer um outro trocadilho, mas acho que não quero tudo assim tão denotativamente.
por esses dias postei por aí algo como "tanto a dizer, ma(i)s não digo: me kahlo".
pois que é uma dor intensa como a de Frida, é também uma dor física.
parece que somatizei mais uma vez. e por falar em Frida, é, isso me lembra que.
é também frase dela a que diz "... está na minha urina, na minha boca, no meu coração, na minha loucura, no meu sono, nas paisagens, na comida, no mental, na doença, na imaginação."
simplesmente não consigo não pensar em quem acordo pensando em quem vou dormir pensando e já não sei mais o que é: pois que já cri ser egoísmo, falso carinho ou dedicação. é por mim ou por ti?
lembro que eu falava da não banalidade daquela coisa (não vou dizer o nome) - porque não, não foi uma coisa qualquer - e muito talvez pelas circunstâncias e contexto, mas tudo me lembra, tudo.
e mesmo entre os detalhes nossos mais particulares, acabo de ver na tv a cena que já me tinhas antecipado, e reflito, e repito: como eu queria estar com você, mas não pude, não pude e também não deixastes. mas e a outra? vi como ela também sofre, porra. e ela também sou eu. alguém sempre sofre. doutra vez foi você, agora somos eu e a personagem da tv. tenho tentado, Deus sabe, meus amigos sabem, mas como eu dizia, não se encontra uma alminha assim em qualquer esquina.
o resultado: estou eu a correr louca no corredor, sem saber o que faço, passando vergonha no telefone, chorando pros amigos, lamentando a Deus, expelindo desabafos aqui e ali, falando em "rompantes".
receio que a pessoa com quem eu queria estar não exista mais. e aí, eu estaria de luto.
mas como eu tenho estado nos últimos 5 meses?

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Quem tem olhos de ver

Como tenho amigos mais de sangue que meus próprios irmãos
eis que o mais querido deles acerta em cheio:


que às subidas e descidas nessa serra da borborema
corresponde o corredor sem portas nem janelas
que percorro, senil, na cena a germinar.