terça-feira, 20 de março de 2012

Um post diferente

eu cá sei de que.

Que ando mudada dos hábitos. Se fui tempestade, hoje estou calmaria. Cada dia mais em mim, regulo ansiedades, trabalho no futuro, evito discussões, sou só aqui. Vejo filmes (tantos quanto nunca pensei que um dia tivesse vontade de vê-los), estudo, perco o ritmo, reclamo, não me movo. Apenas meu interior é movido por sensações, muitas, de morte ou de dor, como diria o poeta, de vazio, de nada, de vontade de parar o mundo e descer. Divã, uma experiência a mais. Paralelos óbvios, das minhas obviedades desacreditadas. Volto atrás pra encontrar o quê? Radical, eu? Apenas mudei de estratégia (de sobrevivência). Se esta está funcionando? Até agora não, acho, aliás, cada dia mais difícil, mas não posso ficar sem. tentar. A partir de amanhã e por uma semana vou ficar longe da confortável segurança de minha estrutura estável, vou estar, pois, vulnerável. a mim mesma. É, é isso (epifania no meio da escrita!). É disso que eu tenho medo, de como posso me comportar longe da estrutura que criaram pra mim e que eu ajudei a sedimentar. Vivo buscando ser alguém, alguém melhor do que eu sou. Podo palavras, gestos com uma tesoura cega e o corte final nunca me satisfaz. Penso que no fundo ainda sou Nayara Macêdo (e com acento, viu, seu juiz?) e que Nayara Brito ainda está sendo inventada - longe de estar pronta. Meu Deus, mas já estamos em abril!
Sem mais.
Até a volta.