quarta-feira, 19 de maio de 2010

Tô cansada... *

*verso primeiro de Movimento dos Barcos, de Macalé.


De fato, ando cansada. Da universidade; da universal falta de interesse das pessoas; das suas conversas; do meu jeito hilst de ser.
Essa semana parece que não acaba nunca.
Amanhã vamos apresentar Medéia/Gota D´água lá no Ceduc, e isso sim me faz bem e me dá vontade de levantar de manhã. E por falar em, hoje pela manhã passei pelo menos uma hora em estado de vigília mefitando se iria ou não à faculdade. Fui. De lá fui ao museu resolver uma coisa e acabei encontrando Suellen (a Medéia) e isso alegrou mais o meu dia. Nós vamos viajar sábado para João Pessoa. O Fenart (Festival Nacional de Arte) começa no domingo e vai até o outro sábado. A programação tá babadoO! Tou louca pra ir e já avisei a todos que próxima semana podem esquecer que eu existio. Desisto, me dou férias... acho que mereço. Professores, tchau, viu? Tou indo.
Se antes as quartas eram motivo de ansiedade para mim, pois neste dia ensaiávamos Tempo de Guerra, hoje foi só desilusão. Estão boicotando o projeto e alguém precisa dar um grito de basta nisso. O ensaio seria a única coisa que curaria por algumas horas a preguiça crônica com que ando. But...
Recebi uma boa notícia hoje, a qual não posso publicar por medo da inveja alheia. Sorry.
Sexta-feira vai ter show da Bison Jazz Orchestra lá no Garden. A Su vai comigo \o/ Estou ansiosíssima pra isso. Será o primeiro show de jazz a que vou assistir. Espero chorar muito!
Sábado ainda tenho aula e ensaio (Copenhagen, que vai se estender mais um pouco. A nova previsão de estréia está para o fim de julho ¬¬). Mas de lá euu já pego a estrada direto e dou adeus aos problemas e às pessoas (só algumas) daqui. Nayara não exixtirá. Nara é que estará no Fenart, linda e feliz, pois o que seria da minha life sem a arte?
Acho que só volto a postar aqui quando chegar de viagem, provavelmente mais concisa e menos fatigada. Ou assim espero.

Enquanto espero...
http://www.janelacultural.com/?p=6764

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A atriz disse em vez certa: palco vazio é a imagem da solidão



As imagens acima traduzem uma palavra: solidão. Os descaso de alguns governos com os patrimônios culturais que não são deles, mas de qualquer um que ame a arte em todas as suas manifestações, é penoso. Essas são fotos do antigo Cine São José, localizado próximo ao centro da cidade de Campina Grande, PB. Há mais de dez anos desativado, terça passada foi iniciada uma semana de apresentações culturais (em sua faixada, em meio ao lixo) em protesto ao abandono do prédio. O que é requerido é a doação do cine para a Universidade Estadual da Paraíba. Próximo à faculdade de Comunicação, o cine-teatro reformado seria mais uma alternativa para esta cidade que anda com sua atividade cultural pelas tabelas. O Teatro Municipal em reforma há mais de um ano, sobra apenas o Sesc, o Museu de Artes e o Centro Cultural como espaços para ensaios e demais atividades que ainda resistem em manter a tradição cultural desta cidade que está morrendo. Mas as "causas individuais" ameaçam levar vantagem nessa briga.
Fiquei impressionada com o tamanho do Cine. Deve ter capacidade para umas 500 pessoas na plateia e o palco... enorme! Vejam na última foto (eu no centro dele, admiradíssima). Enquanto nós, artistas, penamos por lugar para ensaiar aquele espaço maravilhoso pedindo atenção. Nós demos. Nós daremos e brigaremos até a última gota de nosso suor.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Reflexão sobre a reflexão

Cheguei de JP agora há pouco. Verificando o e-mail concluí que terei uma semana cheia. Tão cheia que nem sei se dará tempo pra continuar a reflexão que vinha desenvolvendo esse final de semana. Sobre essa teia de relações que tecemos ao longo da vida, sobre os espaços que cada um de nós, centro de nossos prórpios universos, reservamos para as pessoas que passam pela nossa vida enquanto passamos pelas delas. A sequência de decisões que venho tomando a cada dia estão cada vez mais subjugadas aos meus laços afetivos. Corro riscos, tomo consciência de injustiças, mas não há como fugir delas. O futuro é traçado após a escuta de uma simples frase e o amor nos leva outra vez.
Mas eu quero mais é que se dane o futuro e todos os planos sobre ele, pois no final eu terei, apenasmente, vivido. E não morrido.
Pois já diria Maitê:
não se morre de intensidade. morre-se, ao contrário, pelo embrutecimento.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Nota

Ganhei uma vez, há alguns anos atrás, um livrinho com a história do Corcunda de Notre Dame que vinha acompanhado de uma fita k7. Eu lia e ao mesmo tempo que lia ouvia a história dramatizada na fita.
Hoje me peguei lendo e ouvindo Emmanuel Marinho, poeta. Ouvir sem ler não daria, pois atentamos melhor para o significado de seus poemas musicados. O contrário também seria inviável, pois parte da beleza da obra está na música.

mas que bom que não perdi o hábito.

Freedom, freedom

O espírito da Liberdade bateu aqui ontem.
Ele é intenso, revigorante e traz aquela alegria de viver.
Espero que esse Rosário de Piscadas comece, finalmente, a piscar.

sábado, 1 de maio de 2010

Aquele animalzinho que todo mundo acha asqueroso, eu sempre achei bonitinho

O que é o que é... pequeno, peludo, tem asas, mas não é pássaro, tem caninos que lembram vampiros, dorme de cabeça pra baixo e só sai à noite?

Ele é tido como o único mamífero que tem asas.
E
Jards Macalé - um morcego na porta principal
?
Parece que tentaram cortar as asas do morcego mais sem noção, mais de esquerda, mais genial, mais autêntico, mais honesto deste país.
Pensam que conseguiram, coitados.

Agora, voltando ao bom senso e escrevendo de forma entendível.
Há um tempo atrás foi transmitido pelo Canal Brasil (salve!) o doc. supracitado. Eu resolvi assistir por que na propaganda aparecia a Betha como uma das depoentes, aquelas pessoas que são convidadas a falar sobre a figura tratada no documentário. Pensei, "só pode prestar um negócio desses, ela não é de aparecer em qualquer canto". E não me enganei. Me apaixonei pelo cara! Inacreditável, unbelivable! Nem toda loucura é genial, mas a dele certamente é genuína, legítima. Algumas cenas:
#Durante a ditadura militar ele fez um show sentado uma privada no MASP.
#Queria e fez uma mobilização para que fosse inserido no tema da bandeira nacional a palavra "amor" pois, como ele alega, o lema positivista original a contém: o amor por base, a ordem por princípio e o progresso por fim.
#Foi o violonista do Show Opinião.
#É o compositor da música que relata o meu drama existencial, "Movimento dos Barcos", gravada por Betha no Rosa dos Ventos (apenash).
#E outra, ele tem uma maneira de tocar violão que eu nunca tinha visto na minha life! Ele tá cagando prs acordes, vai tocando como dá na telha e o pior é que dá certo! E cantando então? desestrutura completamente a música e vai fazendo, fazendo, fazendo até só Deus sabe quando. Comentando com Regina ela me falou que, na verdade, ele é discípulo de um mestre maior, um negão chamado Ithamar Assumpção. Me emprestou um disco dele que quanto mais ouço mais gosto. Pelamordedeus, ouçam-no, e perdoem a apelação aqui, mas é que vale a pena.
Macalé sempre foi considerado um artista maldito (claro), do mesmo jeito que Castro Alves. Mas ele tá cagando pra quem o chama assim.
Enfim, se puderem assistam ao doc. também e se apaixone como eu.

Uma palhinha... http://www.youtube.com/watch?v=dusO5vIbOoE