Foi preciso reinventar a cidade
voltar às avenidas largas e lunas
e sentir novamente o cheiro da maresia
de forma indolor
(o que é orgânico não dói!)
Mas não sei dessa naturalidade
sei que a cidade é imensa e a minha questão
precisou de ser recolocada
num lugar onde não desimporta, é lidável
Foi preciso reinventar a cidade e ser feliz outra vez
e o que seria de mim sem ti, meu amigo?
é do Amor que comentamos à mesa ainda ontem
desse amor bonito que cultivo por poucos e bons
e ainda pelo outro "ti", o da primeira invenção da cidade (porque não?)
realismo não, magia
Reinventei a cidade
e reinventando estarei
ela que me promete ainda tantas possibilidades.
Do medo que tinha até a quinta,
hoje trago bem estar
e nunca é tarde ou cedo
para dizer amo-te por estares comigo,
meu amigo.
domingo, 28 de agosto de 2011
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
20 anos blues
de Vitor Martins e Sueli Costa
olhei a vida e me espantei
- eu tenho mais de 20 anos!
E eu tenho mais de mil perguntas sem respostas
Os meus pais nas minhas costas
As raizes na marquise
Eu tenho mais de vinte muros
O sangue jorra pelos furos, pelas veias de um jornal
Essa calma que inventei [bem sei]
Custou as contas que contei
Eu tenho mais de 20 anos
E eu quero as cores e os colírios
Meus delírios
As raizes na marquise
Eu tenho mais de vinte muros
O sangue jorra pelos furos, pelas veias de um jornal
Essa calma que inventei [bem sei]
Custou as contas que contei
Eu tenho mais de 20 anos
E eu quero as cores e os colírios
Meus delírios
Estou ligada num futuro blue
Estou ligada a tantas coisas. Lembranças teimosas que me assolam. Não, não me espanto. Eu devo ter uns 30 anos. Ou assim dizem. Mas tenho muros - muitos! - e mais de mil perguntas. Mas uma mais que todas me incomoda. É donde vem essa necessidade de encontrar o sentido das coisas, e não só num sentido existencialista, falo das coisas reais, factuais, por vezes injustas. E apesar de tudo (ou justamente por tudo isso) quero viver meus delírios. Sim. E aos poucos tirar o peso dos meus pais das minhas costas e guardá-los no canto mais bonito do meu ser. Enterrar minhas raízes noutras tantas marquizes e jamais reprimir a sangria que me alivia a dor da alma. E etc.
Estou ligada na vida.
domingo, 7 de agosto de 2011
Hoje, só, em casa
Como é bom estar só às vezes.
Cantei no chuveiro como nunca faço
uma canção de amor, de saudade
e uma lágrima confundiu-se com a água do banho
Confundiu-se não: discerni-la pela temperatura - quente
Senti, não importa o que, mas senti profundamente
talvez o prazer de cantar e interpretar de forma tão inteira
que eu seria incapaz de repetir na frente de alguém.
É que ontem fui dormir meio Maysa e só hoje foi que reparei.
[...]
Eu quero sentido
sense
meaning.
Quero o sentido
daquilo que for conformado.
Quero sentido
naquilo que for consumado.
E quero sentindo
ainda que doa.
Mas sempre sentir
E sempre sentido.
Cantei no chuveiro como nunca faço
uma canção de amor, de saudade
e uma lágrima confundiu-se com a água do banho
Confundiu-se não: discerni-la pela temperatura - quente
Senti, não importa o que, mas senti profundamente
talvez o prazer de cantar e interpretar de forma tão inteira
que eu seria incapaz de repetir na frente de alguém.
É que ontem fui dormir meio Maysa e só hoje foi que reparei.
[...]
Eu quero sentido
sense
meaning.
Quero o sentido
daquilo que for conformado.
Quero sentido
naquilo que for consumado.
E quero sentindo
ainda que doa.
Mas sempre sentir
E sempre sentido.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
O que já não era
Quando penso que já não era,
continua sendo. Porque acasos despertam sentidos
e embora o inconsciente represente com novas personagens o que é de desejo,
a parte mais bonita continua naquela música.
continua sendo. Porque acasos despertam sentidos
e embora o inconsciente represente com novas personagens o que é de desejo,
a parte mais bonita continua naquela música.
Assinar:
Postagens (Atom)