quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Em imagens
































Nunca pretendi usar este espaço para fins de politização ou conscientização de qualquer espécie, pois cada um tem sua opinião e eu não tenho nada a ver com isso, mas acho que este não é o caso. Só quis deixar claro.
Navegando por aqui encontrei essas duas imagens, em sites diferentes, e senti vontade de fazer algum comentário.
Problemas existem mundo afora, mente adentro, e sempre existiram. Nos anos ´60, a onda de violência, guerra e repressão que tomava conta dos países era quase uma pandemia. O Vietnã, as ditaduras latino-americanas, o subjugamento das mulheres e dos negros... Foi a partir disso, em repúdio a isso, em contraste, que surgiu o movimento chamado The Powre Flower. Hippies, pessoas de carne e osso como os soldados americanos, ou os agentes do DOI-CODI, gritaram, mansa e convictamente, o amor livre e a paz total. E tiveram suas vitórias. O Vietnã "venceu" a guerra, as ditaduras chegaram ao fim (à excessão de Cuba), com o nascimento do feminismo nos anos ´70 a mulher ganhou seu espaço na sociedade. E hoje?
Hoje a luta é diferente. Não queremos (apenas) libertar o que ainda resta dos anos de chumbo, como Cuba e Coréia: queremos salvar o mundo. De nós mesmos. Da nossa inconsequência. Da nossa ganância. O preço por isso nós já estamos pagando, pois a "Terra, planeta água" está virando planeta fogo! As campanhas e os movimentos de pressão sobre as autoridades contra o aquecimento global já começaram. Não acredito que esta renião em Copenhagen seja suficiente, e não é. Os hippies e seus simpatizantes precisaram de mais de uma década para suas conquistas.
Mas desconfio que não temos mais muito tempo.

Pra onde vamos as vans, carros e bicicletas?
Certezas avessas,
Comércio de guerra,
Legado de merda.

Mais de um bilhão de chineses marchando sem deuses
E outros descalços fazendo sapatos pra nobres e ratos

Sobe do solo a nuvem de óleo com cheiro de enxofre queimado fudendo com os ares
E outras barbáries.

Quero mudança total,
Uma idéia genial,
A ciência e o amor a favor do futuro,
Quero o claro no escuro.

Peço paz aos filhos de abraão,
Quero gandhi na melhor versão

E nada vai me faltar, e nada te faltará

Pra onde seguem os barcos?
Os homens, suas trilhas, seus filhos e filhas
No pau da miséria?
Um pico na artéria.

As mulheres pedintes perdidas
Que já quase loucas dividem o frio da noite com as drags,
As mães e os "carregues"

Meninas sangrando na boca e no meio das pernas,
No meio da noite tomando cacete
Sem dente, sem leite

Quero respeito
Os humanos direitos fazendo pensar os pilares
De uma nova era que não seja quimera

Peço paz aos filhos de abraão,
Quero gandhi na melhor versão

E nada vai me faltar, e nada te faltará...

(Nada te faltará, Ana Carolina)

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