terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Uma Artista

- Acabei comprando o novo dvd de Ana Carolina, o de comemoração aos seus 10 anos de carreira. Estive um pouco afastada e alheia ao desenrolar de seus acontecimentos. Ela que me ensinou a tocar, que me apresentou a Chico Buarque & Cia Ltda., a Elisa Lucinda, que abriu minha cabeça e quase racha meu coração, me surpreendeu (novamente). Eu não reconheci mais aquela menina/mulher que há até pouco tempo atrás ainda lia em seus shows textos como "Alfredo é Gisele" e não largava o violão. Definitivamente quem não a conhece não pode mais ver pra crer. Ela anda, digamos, muito "engraçadinha", solta, cheia de caras e bocas como nunca foi. Não que eu ache isso ruim, mas não deixo de estranhar. Ver uma quase encenação sua diante da câmera me arregalou os olhos. Aquela mulher enorme com o dedo em riste na minha cara... mas aí lembrei que sim, ela já cantou músicas como "Eu nunca te amei, idiota", "Dois Bicudos" arrastando o suporte do microfone pelo palco e com uma certa teatralidade, mas me parecia tão mais natural... não sei. Talvez o problema esteja comigo. Também não posso deixar de comentar a evolução evidente de suas composições: passaram de simples/simples para simples/complexo e eu não sei explicar isto. Mal comparando, é como se Ana compusesse como Lygia Fagundes escreve, que é completamente diferente da composição de Calcanhotto e da escrita de Hilda Hilst, respectivamente. É mais ou menos assim, acho. Ou não. Vê aí...
- Mas gostei do retorno à minha fonte.
- Outra coisa que não posso deixar de passar é a faixa (primeira) em que Bethânia canta com ela - especialiíssima, nitidamente à parte de todas as outras em cenografia e direção. Lindo ver a admiração que uma tem pela outra, o entendimento... Oh, meu Santo Forte!
- Bacana também os convidados estranjas. A moça lá do contrabaixo acústico (lindo! fico bege com ela cantando e tocando o baixo; nós que estamos acostumados com voz e violão...), a Chiara e o Legend. Eis o princípio do positivismo. Ou não.
- Falaria mais, mas depois do que ando vendo eu apenash me recolho à minha pequenez.

Oh, meu Santo Forte!

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