segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Cometimento

Entre a morte e a nudez.
O espelho do quarto diz que está particularmente bonita.
Estarão à sua espera.
Solta a correia. No banheiro público se maqueia,
se perfuma.
Coca-cola pra tirar o fel da boca. O desconhecido por destino.
A clandestinidade por carro-forte. A maré é cheia, a lua amarela
e a chuva um excelente respiradouro.
O primeiro beijo é salgado,
o segundo é tinto,
o terceiro pró-logado.
Menage: ela, eu e Giorgio.
Natural como respirar. O toque. O relaxamento e a consciência do universo ao redor.
As mãos que se afagam. Os corpos que se unem.
Séria? Não. é que eu gosto de te observar.
Raios, trovões, deuses que conclamam esta noite.
Bis.
Não quero ir embora. O último beijo a 500 metros da verdade.
Sonho delírio mentira onírica verdade inusitada.
Gostei. gostou.
O cheiro que de algum lugar em mim exala surpreende e entontece.
O sexo que lateja.
Novamente: sonho?
Não. é que somos capazes do que menos supomos ser e o acaso faz por onde.
Esse poema não traduz a verdade e a delícia do cometimento.
Aos 19.
Quem é essa?