domingo, 25 de outubro de 2009

Ro Ro

Acabo de assistir a uma entrevista com a Ro Ro. Não pretendia escrever nada aqui sobre. Aliás, não pretendia escrever tanto aqui, mas... enfim. Depois de começar o dia não tão bem provando o gosto amargo da indiferença, acre principalmente porque proveniente de quem amo, ouvir a Ro Ro dizer o quanto ama a vida me trouxe uma espécie de alívio/conforto ao coração. Não sei. Sei é que o mundo não é tão pequeno assim como dizem e que ainda tem muita gente bacana pra eu conhecer. Além da voz, aquela maravilha de voz, fiquei impressionada com a simplicidade da Diva (desculpem, pra mim ela é) e a honestidade que tem consigo mesma. Virtude. Honestidade e respeito, que tecnicamente não deviam combinar com a porra-louquice da qual ela fez, embora não tenha deixado de fazer, parte. Louquice, loucura... muito se falou em loucura na entrevista. O álcool, o cigarro, as drogas... as polêmicas, os escândalos, tudo isso ela deixou de lado, mas afirma que não a loucura, inerente a ela, todo o ser dela, ela. "Nunca compus sob efeito de nada". Eu acredito em suas palavras e acredito que tais se justificam por essa mesma loucura que a integra. Palavras. Como achei-as bonitas. Quão clara ela foi e transparente e delicada e... molestada aos 9 anos... surrada já adulta pelo hipócrita conservadorismo de uma sociedade "porcaria". Que atentado à moral que nada! Tive nojo desta porcaria em que vivemos, nojo! Burra, reta, incapaz de compreender naturezas humanas mais sensíveis, mais intensas. E saber que não temos pra onde fugir... não, temos sim. Angela, querida, eu preciso te ouvir!! Me salve! Salve o seu público pequeno e fiel. Obrigada por se cuidar, por amar, por ser feliz...

É o que pulsa o meu sangue quente
É o que faz meu animal ser gente
É o meu compasso mais civilizado e controlado
Estou deixando o ar me respirar
Bebendo água pra lubrificar
Mirando a mente em algo producente
Meu alvo é a paz!
Vou carregar de tudo vida afora
Marcas de amor, de luto e espora
Deixo alegria e dor ao ir embora
Amo a vida a cada segundo
Pois para viver eu transformei meu mundo
Abro feliz o peito, é meu direito!

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