sexta-feira, 23 de outubro de 2009

TPM x Ópio

Segundo especialistas, o efeito que o ópio, a droga, aquela mesma que os orientais sabiamente (ou não) usavam, faz no organismo do ser vivo é o de completa tolerância e resignação para com as dores, essas físicas ou emocionais. Sob seu efeito, a pior das dores torna-se perfeitamente suportável e a pessoa simplesmente aceita as desgraças mundanas.
Já no extremo oposto disso, encontramos a chamada TPM, sigla para tensão pré-menstrual, sendo que o sujeito oculto desta oração vem a ser nós, as mulheres, condenadas biologicamente a esse martírio que a poeta Elisa Lucinda denominou "mensal das Evas". Pois bem, caras senhoras, é a vós que escrevo. Sei pelo que passamos. Acredito que o estado emocional em que ficamos todo mês seja exatamente o contrário daquele em que o ópio nos deixa, ou deixa quem o consome. Passamos a sentir todas as desgraças do mundo, a percebê-las e tomá-las para nós, a desistirmos das nossas lutas; perdemos as forças, um mínimo de desatenção chega a ser a gota d´água para um relacionamento.
Pois bem, este artigo não quer ser mais que um mero constatador (?) do antagonismo dessas duas coisas, o ópio e a TPM (que curiosamente são masculino e feminino), fruto da experiência desta que vos escreve.
Quero deixar claro que não estou aqui fazendo apologia ao uso de drogas, seja ela de que tipo for. Apenas um conselho às minhas companheiras do sexo frágil (até parece ¬¬): não tomem nenhuma decisão durante esse período delicado de suas vidas. O mundo não é de todo uma desgraça como parece, assim que passar o efeito dessa nossa droguinha interna vocês vão descobrir.

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